quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Minas Gerais x Rio de Janeiro

Nesses mesmos dois anos de cidade grande, tem uma outra coisa que me incomoda muito mais do que a falta de restaurantes de comida mineira, as pessoas da cidade grande!
Lá em Volta Redonda, todos somos parentes de mineiros, não interessa o grau, mas somos e temos total influência dos costumes de lá, principalmente dos mineiros do interior.
Tirando o fato do sotaque, que todo mundo aqui fica me zuando, me imitando e me dizendo que falo de uma forma feia ou errada, uso gírias estranhas nunca dantes usadas pela capital, digo "Sô!" ao final de alguma exclamação, "UAI", em fim, o pior mesmo é saber que o povo da região metropolitana não está acostumado com a tranqüilidade de uma boa e sincera amizade e confiança de estranhos.
Aqui eu já reparei que as pessoas demoram a confiar umas nas outras, enquanto lá em Minas, assim que conhecemos alguém, fazemos questão de que a pessoa vá a nossa casa, almoce com toda nossa família e tratamos como se fosse parte dela. Em Volta Redonda as coisas ainda são assim, claro que com um pouco mais de cuidado com quem você anda, mas aqui na capital, cara, isso não existe! Só depois de meses de convivência que as pessoas começam a te tratar como alguém querido, antes disso, você é um mísero "conhecido" ou "colega", AMIGO? Ah, isso demora!
Claro que há exceções, e não é por coincidência que essas exceções são as pessoas com quem mais ando e me identifico.
E com esse comportamento completamente diferente das pessoas daqui, não é estranho que no amor elas sejam muito mais frias do que de onde venho. Aqui, por ser muito grande, já reparei que a traição é algo normal, e que é difícil do parceiro ou parceira descobrir. É estranho acostumar com isso, pois no interior, se você é visto na rua ao lado de uma amiga, a fofoca rola e a patroa fica sabendo em tempo real!
Mas como diria o Billy do desenho Billy & Mandy "São as diferenças que tornam o nosso mundo tão rico, diverso, maravilhoso!"

Um comentário:

Clarice Porto Medeiros disse...

Não se acostume... nem com a falta de confiança e de amigos, nem com as traições, nem com nada disso...
Não seja mais um robô da cidade grande...
Mantenha-se percebendo e respeitando as pessoas...
Ser "da roça" (como eles dizem aqui, achando que estão nos diminuindo), mesmo que seja pra bancar o bobo, é muito melhor do que ser como essa gente superficial que mais parece um cubo de gelo...