sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"O negócio nosso é matar gente safaaada!"

Não que eu vá matar alguém, mas o previnido morreu de velho!

Aconteceu um furto na minha propriedade e agora eu me mudei pra lá, de mala e cuia!
Volto a morar sozinho após 2 meses de greve morando com a mamãe.
Mas como não é tão longe assim, ainda venho aqui cerrar o rango, tomar banho... essas coisas!
Mas dormir é lá!

Dormir com as galinhas e acordar com o sol das 6 da manhã! Essa será minha nova vida!
Tudo para proteger meu patrimônio, será que adianta?

Então, se é que alguém lê isso aqui, se me virem a noite no msn, é através do celular, e por isso eu talvez não responda!

É, aqui ainda existem ladrões de galinha!

Nem tudo são flores, ou água!

Todos já estão sabendo do desastre ambiental ocorrido na nossa região, no Rio Paraíba do Sul.
O causador dessa desgraça, DESTA VEZ NÃO FOI A CSN, sério! Dessa vez o buraco foi "mais em cima"!
Lá pras bandas de Resende, uma empresa que nunca se ouviu falar, por sua importância mínima no mercado e participação da vida das pessoas (empregos, responsabilidade social, etc), chamada Servatis. SERVATIS?
Sim, não conhece? Nem eu! Mas aqui vai a apresentação da empresa no seu prórpio site:
"Somos uma empresa brasileira, sediada em Resende/RJ, no complexo industrial existente desde a década de 50 como Cyanamid e posteriormente adquirido pela BASF S.A. Prestamos serviços para os segmentos de especialidades químicas e agro-químicos, incluindo sínteses e formulações. Na área ambiental, prestamos serviços de incineração de resíduos químicos líquidos, tratamento de efluentes e recuperação de solventes industriais. Na área laboratorial, prestamos serviços de análises físico-químicas para registros, com certificações BPL, REBLAS

O desastre ocorreu por causa, segundo a própria empresa, de uma "conexão mal feita em um caminhão tanque". Sabe o que "escapoliu" nessa conexão mal feita?

"Causador da poluição no Rio Paraíba, o endosulfan é um dos mais fortes venenos já fabricados pelo homem. De acordo com a empresa Milenia Agro Negócios S.A., o endosulfan é um líquido amarelo inflamável e considerado tóxico e prejudicial ao meio ambiente. Quando ingerido, o produto atua como um potente estimulador do Sistema Nervoso Central (SNC), e causa sintomas como vômito, diarréia, agitação, tremor, convulsões, perda de consciência e cianose (coloração azul-arroxeada da pele). 
O contato com o produto pode causar irritação na pele e nos olhos. Em casos mais graves foram relatados problemas respiratórios, coma e morte. Quando entra em contato com o fogo, o endosulfan libera um gás tóxico e irritante, que pode se tornar asfixiante.
Em casos de ingestão do produto, a Milenia recomenda que o paciente fique em lugar arejado e que haja pouco contato com pessoas não afetadas para que a contaminação não se propague.

Proibição 

Devido ao risco que o endosulfan representa para os seres vivos, o produto já é proibido em alguns países, como Camboja, Filipinas e os países da União Européia. Durante 26 anos, a estatal Plantation Corporation de Kerala, na Índia, usava o endosulfan para realizar sobre as plantações de seu domínio um processo de pulverização, ou seja, um tipo de aplicação do pesticida via irrigação aérea. Este processo fazia com que algumas partículas do produto se espalhassem pelo ar nos redores do local.
Hoje, a maioria das pessoas que morava por perto da plantação está seriamente doente e, algumas, até paralíticas. Apesar disso, o produto só está proibido em algumas cidades do país, o que faz com que o risco para a saúde das pessoas continue."



O endosulfan proporcionou a MAIOR TRAGÉDIA AMBIENTAL da região, pois já afetou as cidades de Quatis, Porto Real, Barra Mansa e Volta Redonda, e em todas essas cidades, abastacidas pelas águas do Paraíba, houve paralização na captação, e bairros ficaram sem água.
Mas esse não foi o pior, querem saber o que mais dói em toda a população é isso aqui:


Desastre ecológico: Grande quantidade de peixes 
mortos é vista por toda a margem do Rio Paraíba que corta a região


"Volta Redonda

A grande quantidade de peixes mortos no Rio Paraíba do Sul atraiu ontem a atenção de centenas de moradores do Sul Fluminense. Ao longo do dia as pontes e margens do rio permaneceram lotadas de pessoas que estavam chocadas com o ocorrido. 
No bairro Retiro, em Volta Redonda, por exemplo, as pessoas que caminhavam pelo calçadão da Avenida Almirante Adalberto de Barros Nunes (Beira Rio) ficaram desoladas quando se depararam com a imagem dos animais mortos e com o forte mau-cheiro exalado pelas águas do Paraíba. Até uma capivara foi vista boiando morta no rio.
O motorista Edílson Maia de Caíres, de 50 anos, disse que é preciso que os órgãos competentes tomem uma atitude drástica em relação à empresa que provocou o vazamento do produto tóxico no rio. “É uma calamidade o que aconteceu. Acho que até o Ministério do Meio Ambiente devia intervir para punir a empresa responsável pelo acidente”, disse o motorista. 
O presidente da Associação de Moradores do Retiro e presidente-fundador do projeto “Eco Óleo”, Wanderley Dias de Moura, está chocado com o impacto ambiental causado pelo acidente. “É um fato lamentável, uma irresponsabilidade muito grande de uma empresa deixar acontecer isso, quando há tantos voluntários que trabalham pela preservação ambiental”, disse. 
- Não sei ainda o que posso fazer, mas acredito que as entidades que defendem o meio ambiente devem se mobilizar e se unir para pedir uma punição rígida dos culpados, para que isso não aconteça mais - frisou. 
A dona de casa Vera Lúcia Rocha de Araújo, de 59 anos, moradora no bairro Aero Clube, diz que costumava comer peixes do rio. “É uma tristeza, este produto matou todos os peixes do rio. Já comi muita tilápia que meu filho pescava, mas agora não vamos mais ter peixes para comer. Esta empresa tem que ser fechada”, disse. 
O industriário Marcos Antônio da Silva, de 48 anos, está com medo de consumir a água e passou a manhã em uma mina no bairro Sessenta. “Estamos com medo do que contaminou o rio. Na minha casa estamos consumindo só água da mina”, contou. 
O medo da população em consumir a água captada no Rio Paraíba do Sul fez crescer a compra de galões de água mineral. O gerente de um depósito de gás e água, Maximiliano Rocha Fonseca, por exemplo, disse que a procura aumentou mais de 50%. “O entregador não pára mais no depósito, e a cada saída leva três galões”, disse. 

Em BM, até crianças lamentam 

Em Barra Mansa, na margem do rio, na altura do bairro Várzea das Oficinas, ponto de encontro de canoeiros, mais de 30 pessoas ficaram observando a situação. “Nunca vi nada assim na minha vida. Não consigo acreditar e temo pelo trabalho dos pescadores, que são muitos, e pela falta de água potável”, comentou a vendedora Eliane Alves da Silva, 32 anos. 
Outra moradora do bairro também afirmou estar com medo. “É muito triste ver isso tudo. E a nossa vida vira de cabeça pra baixo. Temos que comprar água pra tudo. Não adianta nem economizar, já que a água está tão contaminada”, afirmou.
As crianças demonstravam muita tristeza ao comentar a situação. “Eu estou assustado de ver isso aqui. Dá medo de não ter mais água e peixe”, disse o estudante Thiago Faria, 10 anos."

Segundo a FEEMA, a multa pode chegar a 50 mijones! 
 
Mas algum dinheiro irá para os bolsos daqueles que vivem da pesca no rio? Como o Sr. Sérgio Santos, na foto abaixo? Olhem o tamanho do peixe morto que ele pegou boiando entre milhares de outros!



"Um dos maiores conhecedores do trecho do Rio Paraíba que corta a região, o presidente da Associação dos Canoeiros de Barra Mansa, Sérgio Santos, passou o dia às margens do rio. Com 55 anos de idade e 48 de pesca, ele afirma que nunca presenciou algo tão grave. “Somente em 1978 vi algo parecido, também provocado por uma indústria. Mas desta vez é muito triste. Provavelmente, o meio ambiente levará anos para se recuperar”, lamentou ele, segurando dois peixes de 5,5 quilos que tinha acabado de retirar das águas e apontando espécies raras que passavam boiando pelas águas, como dourado.
Santos ressaltou que até espécies resistentes e do fundo do rio passam em grandes quantidades boiando. “Já vi até cascudo passando e outros peixes com mais de cinco quilos. É uma coisa horrível. E toda a flora e fauna também serão prejudicadas. O meio ambiente por aqui vai ficar um bom tempo sem harmonia”, disse ele, lembrando que já avisou por diversas vezes as autoridades públicas. “Aviso desses perigos há anos. Uma vez tirei um peixe azul nas proximidades do Sesc, mas ninguém dá muita atenção”, comentou o canoeiro.
Outra grande preocupação, além da falta de água potável e o meio ambiente, é o futuro de quem vive da pesca. Sérgio Santos prevê que a situação pode deixar os pescadores sem trabalho por muito tempo. “Se a situação ficar muito tempo assim, não teremos mais peixes por aqui. O meio ambiente vai levar um tempo para se recuperar e nós teremos prejuízos”, disse."

As conseqüências do desrespeito ao Rio Paraíba do Sul estão aí, e o alerta foi dado!
Se você, morador da região ou de qualquer lugar abastecido pelo rio, inclusive 85% da Baixada Fluminense, tem água em casa, deve entrar nessa luta, pela preservação do nosso estimado Paraíba, e mais uma vez eu digo, NÃO FOI CULPA DA CSN, pelo menos desta vez!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Saudades da Minha Terra

Essa música é a mais cotada pra ser o meu tema no dia da formatura, pois diz EXATAMENTE o que sinto quando estou por lá!
Não é rock, aliás, passa longe! Mas tudo tem uma história, então vou contar-lhes o porquê da minha escolha, até agora ser essa música.
Desde que me entendo por gente, gosto de música. Naqueles longínquos anos 80, ainda não existiam certas porcarias como:
"Créu créu créu"
"Senta senta senta senta"
"Chão chão chão chão" 
e coisas do tipo. 
O que minha mãe chamava de porcaria naquela época, era Dr. Silvana e Cia, Kid Vinil, essa galera que é ícone do rock nacional, que usavam a linguagem dos jovens, e mamãe naquele tempo já não era uma mocinha, e as músicas que a agradaram sempre, foram Ray Connif (sei lá se escreve assim), Ray Charles, música clássica, italiana, Nelson Gonçalves, Caubi Peixoto... em fim, a galera que realmente tinha gogó.
Então, no meu sangue rock n' roll, que corre nas minhas veias desde que nasci, me levaram à curtir o Lobão. Mamãe diz que aos 3 anos eu já idolatrava-o, junto ao Pepeu Gomes, Engenheiros do Hawaii, Alceu Valença, entre outros CABELUDOS. Isso deve ter influenciado o meu cabelo de hoje...
Mas como um bom garoto criado no interior, e muito ligado à roça, também sempre ouvi o bom e velho Sertanejo, e o cantor que também desde pequeno eu sempre ouvi, foi o Sérgio Reis. Tenho uma fita dele, lá dos anos 80, que de tanto tocar, arrebentou em vários lugares e minha mãe remendou com durex.
Os anos passaram, e como uma completa metamorfose ambulante eu fui mudando, e meu gosto por música tbm. Já ouvi de tudo nessa vida, mas nunca deixando o Rock de lado, mas o sertanejo acabou esquecido lá na última gaveta, até que o Willian, meu chegado, me passou um álbum do Sérgio Reis (o mesmo que eu ouvia quando tinha 5, 6 anos!) e eu fui relembrando as músicas que PENSEI ter esquecido. 
Foi aí que eu ouvi essa música, que me descreve exatamente como sou, como fico e como penso, quando estou lá na cidade grande. Vamos à ela?

saudades da minha terra

sérgio reis

Composição: Goiás / Belmonte

De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão quero voltar
Ver a madrugada, quando a passarada
Fazendo alvorada começa a cantar
Com satisfação arreio o burrão
Cortando o estradão saio a galopar
E vou escutando o gado berrando
Sabiá cantando no jequitibá

Por nossa senhora, meu sertão querido
Vivo arrependido por ter te deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui tem alguém, diz que me quer bem
Mas não me convém, eu tenho pensado
Eu fico com pena, mas essa morena
Não sabe o sistema que eu fui criado
Tô aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando com o rádio ligado

Que saudade imensa do campo e do mato
Do manso regato que corta as campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança daquelas festanças
Onde tinham danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria
O mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas mãos divinas

Pra minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida, que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando
O inhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando a estrada
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer

Panquecas à Moda Jandirense

Semana passada, creio eu, hehehe, fui à casa da Jandira, com o meu amigo Espectro, para comer panquecas feitas pelas suas lindas, MORENAS e delicadas mãos!
E estavam ótimas! Eu ADORO panquecas! Se é que alguma maluca esteja afim de me laçar, panquecas com coca-cola é um ótimo investimento!
E depois de comer e conversar muuuuito, jogamos nosso tradicional WAR Edição Especial, tradicionalmente vencido pelo Espectro... A Jandira e eu até combinamos antes de não deixá-lo vencer mais uma, mas não teve jeito!

Noite com os amigos à parte, isso me fez lembrar a cidade grande. Ah, que saudade NENHUMA de lá!

Sabem o por quê? Vou explicar. Essa noite entre amigos, com comida caseira e tals, é uma coisa NORMAL por aqui em VR. Moro há 2 (dois) anos naquele pulgueiro maldito, e sabem quantas vezes as pessoas de lá me chamaram pra ir na casa de alguém ter uma noite dessas? 
NENHUMA (ZERO)!! 
"Ah, mas você nunca foi na casa de ninguém??" 
Sim, fui sim, na casa de pessoas naturais de:
- Rio Bonito
- Casimiro de Abreu
- Cabo Frio
- Volta Redonda (eeee)
- Nova Friburgo
ou seja, TODOS de cidades do interior, não interessa a região, se norte, dos lagos, sul... o que vale é que, NINGUÉM da capital, de Niterói ou de São Gonçalo, me convidou para ir em sua casa.
É essa a distância que sinto na "amizade" das pessoas de lá.
Claro, existem excessões, como o Boça, que gentilmente abre a área de lazer do edifício onde mora, para podermos fazer nossas confraternizações e solenidades da turma, e tem o Zé e o Brunão, que já me convidaram pra ir em suas casas, mas o Zé mora na Ilha do Governador, que o tempo gasto pra chegar lá deve ser uns 20 minutos menos do que a viagem pra VR, e o Brunão mora na Penha, e com certeza pra voltar eu vou me perder e subir o morro ao invés de descer!

Ah, morei ainda com a Larissa, menina de Resende, aqui do lado de VR, ou seja, minha teoria de que o pessoal do interior cria mais laços de amizade do que o povo da cidade grande, vai se concretizando.

Sinto falta da Lapa, das noites boleiras que passo lá, com latinha a 1 real.. aí sim, disso sinto falta... galera na rua se divertindo, bebendo e interagindo... mas o foda é que, tem todo o tipo de gente, e se der mole, vc volta até sem cueca pra casa, e no meu caso, não volta né? Como vou pegar ônibus e/ou barca sem grana? Mas isso nunca me desanimou de ir lá!

Então, aos amigos do interior, um brinde!
Hip Hip, URRA!! Saúde!