segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sobre a agressão ao Danilo Gentili pelos seguranças do Sarney

Após a tomada do poder pelos militares, a imprensa lutou contra represálias, tortura e morte de seus companheiros, tentando mostrar ao povo brasileiro o que acontecia com o nosso país em "atos secretos", impedidos de serem vinculados devido à censura. Por causa dessa luta contra os governos militares, a imprensa ganhou ali o título de "porta-voz do povo", como meio de comunicação "da massa".
Massa essa, que aprendeu a apoiar a imprensa séria, que denuncia todo tipo de atos ilícitos praticados por criminosos, desde os "pés descalços" até os profissionais de terno e gravata. Após a queda do regime militar, antes de se eternizar como o Professor Tibúrcio, Marcelo Tas incorporou o Repórter Varela, que ainda com cabelo (bem menos do que o personagem do Rá-Tim-Bum), fazia entrevistas com perguntas que deixavam nossos parlamentares na corda bamba.
Tática essa, que seus pupilos do "CQC" da Band, seguem à risca, de modo tão ímpar que o povo, sobre tudo a parte jovem da sociedade, já delegou aos "homens de preto" a missão de serem os seus representantes em Brasília, atrás das respostas que todos nós gostaríamos de obter, e mais ainda, de fazer as perguntas que eles fazem.
Alguns parlamentares já perceberam que o povo fica do lado da imprensa e "concedem gentilmente" preciosos minutos às entrevistas do CQC. Tendo em vista que a imprensa de fato, respresenta o povo, os parlamentares não fazem mais do que a sua obrigação ao receberem bem os repórteres, respondendo a TODAS as perguntas que devem ser encaradas como "prestação de contas" àqueles que os colocaram onde estão.
Há uma semana, o CQC exibiu imagens onde os seguranças do Sr. José Sarney agrediam o repórter Danilo Gentili, com chutes e até jogando-o ao chão. Ao ver essa matéria, senti como se eu, através do Danilo, tivesse sido agredido dentro da minha própria casa que ajudei a construir, a câmara.
Não há absurdo maior do qye esse, e por isso venho pedir a todos, que esse fato, assim como todas as agressões sofridas pelo CQC em Brasília, ou em outras cidades através do "Proteste Já" com o Rafinha Bastos, não sejam esquecidos quando chegar a hora de encarar o horário eleitoral gratuito, as urnas eletrônicas e, principalmente, a "cara limpa e inocente" que esses sujeitos fazem para conseguir ganhar nossos votos.
Vamos prestar mais atenção nos nossos "líderes", pois nós os colocamos lá, e eles trabalham para nós, ou seja, devemos ser respeitados por eles. Ou você pode sair batendo no seu chefe que no dia seguinte seu emprego tá lá??

2 comentários:

Carioca Paraibana disse...

Sem dúvida a maior parte dos brasileiros já se acomodou a esse tipo de atitude. Fingir q está tdo bem é mais fácil do q lutar pelo correto.
Porém até quando realmente isso será "mais fácil?"
De maneira impessoal as pessoas nunk consideram a agressão como sua.
Quem sofre é o povo, vc não!A culpa é do outro, não sua!
É essa a mentalidade q acompanha o brasileiro nas urnas.

Mas esse post, sem dúvida sacode! Tá na hora de acordar!
Parabéns pelo texto. ;)

The Kio disse...

Sem dúvida. Apesar de não conseguir acompanhar sempre o CQC, eu realmente me identifiquei com o que você falou sobre o questionamento dos repórteres aos políticos.

De fato, não é mais do que a obrigação deles responderem. A agressão, como de praxe no Governo Brasileiro, foi um absurdo sem tamanho. Mas acho que isso não vai abalar o CQC, pelo contrário, certamente vai fazer com que eles prossigam na (árdua?) missão de tentar arrancar verdades sobre os "manda-chuvas" do país. Muito bom texto cara!